«ARGUS» WILL COME BACK TO PORTUGAL!!!
Edição do «Público» de hoje, por Maria José Santana. Agradeço ao Hugo ter-me dado conhecimento de tão boa grande notícia!!! E à «[Pascoal & Filhos]» por mais uma excelente acção em defesa do nosso Património Marítimo!!! Visitem o novo blogue do Argus [AQUI]!!!
«Comprado por firma de Ílhavo, o "irmão" do Creoula e do Santa Maria Manuela foi imortalizado em documentário de 1950 realizado por Allan Villiers.
O Argus, considerado um dos mais emblemáticos navios bacalhoeiros portugueses, deverá em breve regressar a Portugal depois de ter estado cerca de 30 anos nas Caraíbas a realizar cruzeiros turísticos. O lugre, imortalizado no documentário A Campanha do Argus, da autoria de Alan Villiers, acaba de ser comprado pela empresa Pascoal e Filhos, que já tem em mãos o projecto de recuperação de um outro veleiro histórico nacional, o Santa Maria Manuela. Apesar de a administração da empresa Pascoal e Filhos SA não confirmar, mas também não desmentir a aquisição da embarcação Argus, o PÚBLICO sabe que o navio, que ultimamente recebia o nome de Polynesia II, foi adquirido pela firma de Ílhavo em Aruba, estimando-se que regresse a Portugal nos próximos meses. Resta saber que projectos terá o armador de Aveiro para aquele que foi um dos lugres mais imponentes da que ficou conhecida por The Portuguese White Fleet (Frota Branca) e que acabou por vir a ser projectado internacionalmente por força da reportagem realizada por Alan Villiers - que acompanhou, em 1950, uma campanha do lugre Argus aos bancos de pesca da Terra Nova.Este veleiro histórico, que serviu a frota bacalhoeira portuguesa até 1970, é também reconhecido por ser "irmão" dos lugres Creoula e Santa Maria Manuela, tendo sido construído na Holanda, em 1939. Muito embora o seu desenho seja em tudo idêntico ao dos seus "irmãos", o projecto do Argus já compreendeu algumas alterações e melhoramentos. Memórias da pescaCom esta aquisição do Argus por uma firma nacional, a memória da epopeia dos portugueses na pesca do bacalhau na Terra Nova - em especial, a da faina maior, feita nos pequenos dóris por um só homem nos remos - poderá, a médio prazo, ganhar um novo testemunho vivo. Além do Creoula, que está entregue à Marinha portuguesa, e do Argus, brevemente o país passará a contar com o Santa Maria Manuela, que está já a ser recuperado pela Pascoal e Filhos SA, depois de ter sido adquirido à fundação que detinha o casco do navio e que nunca chegou a conseguir arranjar verbas para a sua requalificação. As últimas estimativas apontam para que o navio fique totalmente reconstruído em Outubro deste ano. A aposta passa por transformá-lo num navio de treino de mar, veículo da cultura científica, mas também um promotor da história e vocação marítima dos portugueses. A esta altura, a recuperação do Santa Maria Manuela avança já a passos largos num estaleiro da Galiza, depois de ter sido alvo dos primeiros trabalhos nos estaleiros navais em Aveiro, desconhecendo-se ainda os números que estão envolvidos nesta operação.»
3 comments:
Grande notícia! Obrigado pela divulgação.
Obrigado por teres difundido a notícia, e pela tua atenção
Em 1º lugar os meus parabéns e até agradecimentos, a todos aqueles que intervieram no processo de regresso do ARGUS a Portugal.
A 1ª vez que vi o ARGUS ao vivo foi no Rio Tejo quando a "frota branca" se preparava para mais uma campanha aos bancos da Terra Nova(1958/59?),era eu então velejador do Núcleo de Vela da Mocidade Portuguesa.
Fazia-se por essa altura a chamada regata do "São bacalhau",regata essa em homenagem àqueles gigantes pescadores e marinheiros que partiam para os mares do Norte,junto ao Ártico.
A última vez que o vi terá sido em 1975 na Cala do Barreiro onde começava a apodrecer,...infelizmente.Ainda bem que não morreu,materialmente falando.
Espero poder vir a vê-lo de novo quando regressar a Portugal e leverei comigo um amigo meu de nome Ramalheira,que não é outro senão o filho do Capitão Aníbal Ramalheira,o qual julgo ter sido o primeiro Comandante do ARGUS,tendo também desempenhado a importantíssima tarefa de aconselhar e orientar a construção do mesmo num estaleiro da Holanda.
Bem hajam pois todos aqueles que sempre se preocuparam com a sorte de tão grande símbolo da Marinha Nacional,honrando assim os gigantes que acima referi,os quais no fundo...não passavam de simples homens do povo que iam em busca do seu sustento e do sustento das suas famílias,labutando em condições inimagináveis para todos aqueles que as não viveram.Aqueles serão sempre Homens irrepetíveis na História de Portugal,...salvo os de "500".
luisfgouveia@sapo.pt
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