TERMINAL DE CRUZEIROS DE SANTA APOLÓNIA
(Logotipo do Queen Mary 2, visita regular de Lisboa)
Intervenção da Secretária de Estado dos Transportes na cerimónia de assinatura do Auto de Consignação da Construção do Terminal de Cruzeiros de Santa Apolónia, que decorreu hoje de manhã, em Lisboa (ver Intervenção completa em comentário a este post):
« (...) Esta obra vem responder a este desafio, assentando em três objectivos fundamentais: (i) em primeiro lugar, beneficiar as condições de recepção de navios de cruzeiro e seus passageiros e tripulantes; (ii) em segundo lugar, permitir a reorganização espacial do Porto de Lisboa, disponibilizando a área dos actuais terminais de Alcântara e Rocha do Conde d’Óbidos para a operação de contentores – o principal eixo de crescimento do tráfego mundial de mercadorias; e (iii) em terceiro lugar, melhorar a integração urbana, concentrando o tráfego de navios de cruzeiro numa zona nobre da cidade, com melhoria da qualidade do serviço oferecido aos turistas que nos chegam por via marítima.
(...) Apesar de sabermos que Lisboa nunca deixará de ser um porto de escala para os navios de cruzeiro, quer pela sua tradição, quer pela sua posição geográfica e atractivos turísticos, a grande competitividade desta indústria exigiu da nossa parte uma forte aposta neste investimento que hoje consignamos. (...) »
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Intervenção da Secretária de Estado dos Transportes na assinatura do Auto de Consignação da Construção do Terminal de Cruzeiros de Santa Apolónia:
«Senhor Presidente e Administradores do Porto de Lisboa,
Senhoras e Senhores Convidados,
O porto de Lisboa faz parte da história marítima mundial pelo importante papel que sempre desempenhou nas rotas de comércio internacionais.
Tal facto conduziu ao desenvolvimento das suas infra-estruturas ao longo dos séculos sendo de destacar, em finais do século XIX, o lançamento das grandes obras de melhoramento da zona entre a Torre de Belém e Santa Apolónia, local onde hoje nos encontramos.
E começo por esta referência histórica porque este é, precisamente, o ano do centenário da Administração do Porto de Lisboa, que nasceu por ordem do Rei D. Carlos I, um rei apaixonado pelo mar e pela oceanografia. E não há melhor forma de homenagear o passado do que apostar no Futuro!
O Governo tem no sector marítimo-portuário uma forte aposta da sua política de transportes e que se encontra traduzida nas Orientações Estratégicas para o Sector Marítimo-Portuário.
Neste documento consagramos, definitivamente, uma visão estratégica para o sector, assente no reforço da centralidade Euro-Atlântica de Portugal, no forte aumento da competitividade do sistema portuário nacional e do transporte marítimo; e na disponibilização ao sector produtivo nacional de cadeias de transporte competitivas e sustentáveis.
E é neste contexto que definimos o perfil dos principais portos nacionais, numa vertente de especialização e complementaridade.
E são estes perfis que servem de base às decisões relativas ao investimento público nos diversos portos nacionais, que deixam de ser decisões casuísticas e passam a ser decisões enquadradas num adequado planeamento e numa adequada estratégia, tendo como objectivos a maximização da rentabilidade económica e social desses mesmos investimentos.
Permitam-me que relembre aqui hoje o perfil traçado para o Porto de Lisboa:
A aposta na vertente multi-funcional do porto;
A consolidação da sua posição na carga geral, em particular na carga contentorizada, através de uma aposta na optimização e modernização das infra-estruturas;
A promoção de uma melhor integração na área urbana envolvente; e
O reforço da posição de primeiro porto de cruzeiros do continente, tornando-o uma referência nas rotas turísticas internacionais.
Ora, a obra de Reabilitação e Reforço do Cais entre Santa Apolónia e o Jardim do Tabaco, que hoje consignamos, vem concretizar estas orientações e ajudar a capturar a visão enunciada.
Como é sabido o turismo é hoje uma das principais actividades económicas Portuguesas, representando cerca de 11% do PIB e de 10% do emprego nacional.
Os portos têm um papel importante na captação e valorização do turismo nacional, contribuindo para diversificar mercados emissores e produtos turísticos.
Portugal capta hoje cerca de 14% do volume de passageiros em cruzeiros turísticos registados na Península Ibérica, uma posição relevante, atendendo á posição relativa da economia portuguesa e espanhola e seus respectivos PIB.
O Porto de Lisboa, com cerca de 271 mil passageiros movimentados durante 2006 é o 1º porto de passageiros do continente, representando mais de 42% do total nacional e 5,2% do total ibérico.
Estes números fazem do Porto de Lisboa, o 6.º porto ibérico de passageiros, num total de 30.
Os valores relativos ao tráfego de passageiros em Lisboa relativos a 2006 representam um crescimento impressionante de 13,1% relativamente ao ano anterior, o que associado ao crescimento na ordem dos 60% registado durante o 1º trimestre de 2007 mais do que justifica as expectativas de este ano se ultrapasse a fasquia dos 300 000 passageiros.
Este crescimento espelha bem o desenvolvimento da actividade dos cruzeiros a nível mundial motivado pelo aumento do número de navios no mercado e da sua capacidade e, consequentemente, pelo aumento do número de turistas que elegem os cruzeiros como «destino» de férias, o que mais que justifica a razão desta nossa aposta estratégica neste segmento de actividade portuária.
Sendo uma actividade turística, a sazonalidade é uma das suas características. Contudo, estamos a assistir nos dias de hoje a um prolongamento da época dos cruzeiros, que vai agora de Março até ao final do ano, o que permite rentabilizar de uma forma mais eficaz as infra-estruturas associadas a este negócio.
Lisboa apresenta, neste contexto, vantagens competitivas inegáveis, designadamente se pensarmos no clima ameno que aqui se regista durante todo o ano.
E é para se marcar uma posição de futuro na indústria dos cruzeiros que se torna hoje urgente adaptar a oferta dos serviços portuários e logísticos às necessidades do mercado e às exigências dos operadores.
E esta obra vem responder a este desafio, assentando em tês objectivos fundamentais:
Em primeiro lugar, beneficiar as condições de recepção de navios de cruzeiro e seus passageiros e tripulantes;
Em segundo lugar, permitir a reorganização espacial do Porto de Lisboa, disponibilizando a área dos actuais terminais de Alcântara e Rocha do Conde d’Óbidos para a operação de contentores – o principal eixo de crescimento do tráfego mundial de mercadorias; e
Em terceiro lugar, melhorar a integração urbana, concentrando o tráfego de navios de cruzeiro numa zona nobre da cidade, com melhoria da qualidade do serviço oferecido aos turistas que nos chegam por via marítima.
Estes são objectivos a atingir e que justificam este investimento de 45 milhões de euros, dividido em três fases, e que conta com uma comparticipação comunitária de cerca de 40%.
Apesar de sabermos que Lisboa nunca deixará de ser um porto de escala para os navios de cruzeiro, quer pela sua tradição, quer pela sua posição geográfica e atractivos turísticos, a grande competitividade desta indústria exigiu da nossa parte uma forte aposta neste investimento que hoje consignamos.
Ao contrário dos destinos, os navios deslocam-se facilmente. No futuro o que vencerá e marcará a diferença é a qualidade de um destino e o seu posicionamento no mercado.
É a este desafio que estamos a responder!
Para terminar gostaria de cumprimentar a Somague e a Seth e garantir-lhes que terão da parte da APL um dono da obra atento e eficiente.
À APL gostaria de transmitir as minhas felicitações pela forma profissional e empenhada como têm concretizado as orientações do Governo.»
e mais... e me primeira mao... este navio fez a saudaccao de tres apitos longos e um curto aa comodoro da real regata das canoas, a Sailor Girl e vai haver um jantar como comandante do QE2 a comodoro, os arrais, os patroes e os catraieiros que participaram!
MARAVILHA!
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