Tuesday, October 23, 2007

Estudo - Falta de sono desliga centros do cérebro que controlam emoções

(Fotografia de [Luís Miguel Correia])
Lisboa, 23 Out (Lusa) - Cientistas conseguiram provar neurologicamente por que motivo a falta de sono conduz a um comportamento emocional irracional, com reacções exageradas a experiências negativas, pode ler-se num artigo hoje publicado na revista Current Biology. Segundo o estudo, a privação de sono "desliga" a região do lóbulo pré-frontal, que normalmente mantém as emoções sob controlo, provocando nos centros emocionais do cérebro uma reacção exagerada a experiências negativas. O novo estudo da Escola Médica de Harvard e da Universidade da Califórnia, em Berkeley, é o primeiro a explicar ao nível neural o que parece ser um fenómeno universal: que a perda de sono conduz a um comportamento emocional irracional, de acordo com os investigadores. "O sono parece restaurar os nossos circuitos emocionais no cérebro e, ao fazer isso, prepara-nos para os desafios e interacção social do dia seguinte", disse Mathew Walker, da Universidade da Califórnia, Berkeley. "Mais importante, este estudo demonstra o perigo de não dormir o suficiente. A privação de sono quebra os mecanismos do cérebro que regulam os pontos-chave da nossa saúde mental", salienta. (continua em comentário a este post).

6 comments:

Raquel Sabino Pereira said...

CONTINUAÇÃO:

«Ciência - Falta de sono desliga centros do cérebro que controlam emoções - Estudo»

Lisboa, 23 Out (Lusa) - Cientistas conseguiram provar neurologicamente por que motivo a falta de sono conduz a um comportamento emocional irracional, com reacções exageradas a experiências negativas, pode ler-se num artigo hoje publicado na revista Current Biology.

Segundo o estudo, a privação de sono "desliga" a região do lóbulo pré-frontal, que normalmente mantém as emoções sob controlo, provocando nos centros emocionais do cérebro uma reacção exagerada a experiências negativas.

O novo estudo da Escola Médica de Harvard e da Universidade da Califórnia, em Berkeley, é o primeiro a explicar ao nível neural o que parece ser um fenómeno universal: que a perda de sono conduz a um comportamento emocional irracional, de acordo com os investigadores.

A descoberta pode também oferecer algumas explicações clínicas para a relação entre as interrupções de sono e alguns problemas psiquiátricos, podendo ajudar com novos mecanismos para tratar estas desordens ao nível cerebral.

"O sono parece restaurar os nossos circuitos emocionais no cérebro e, ao fazer isso, prepara-nos para os desafios e interacção social do dia seguinte", disse Mathew Walker, da Universidade da Califórnia, Berkeley.

"Mais importante, este estudo demonstra o perigo de não dormir o suficiente. A privação de sono quebra os mecanismos do cérebro que regulam os pontos-chave da nossa saúde mental", salienta.

Os cientistas já sabiam que a privação de sono prejudica um enorme conjunto de funções corporais, incluindo o sistema imunitário e de metabolismo e os processos cerebrais de aprendizagem e memória.

No entanto, esta é a primeira vez que se prova o papel do sono no governo do estado emocional do nosso cérebro.

No estudo, a equipa de Walker distribuiu 26 pessoas por um grupo de privação de sono durante 35 horas ou por um grupo em que o sono era permitido normalmente.

No dia seguinte, os cérebros dos participantes foram fotografados por ressonância magnética, processo que mede a actividade cerebral com base na pressão sanguínea, enquanto viam 100 imagens.

Ao princípio, os participantes no estudo encaravam as imagens como emocionalmente neutrais, mas ganharam-lhes cada vez mais aversão com o tempo.

"Prevíamos um potencial aumento de reacção emocional no cérebro com o sono, mas a dimensão do aumento surpreendeu-nos deveras", disse o investigador, referindo que os centros emocionais do cérebro "estavam cerca de 60 por cento mais reactivos debaixo das condições de privação de sono do que em sujeitos que tinham dormido normalmente".

Sem sono, o cérebro reverte até a um mais primitivo padrão de actividade, tornando-se incapaz de contextualizar experiências emocionais e produzir respostas apropriadas e controladas, acrescentam os investigadores.»

RCS.

Fonte: Agência LUSA

Raquel Sabino Pereira said...

Já alguém fez uma cura de sono?
De preferência sem recurso a fármacos.
Obrigada!!

Anonymous said...

Depende da cura, porque no final nenhum escapa do sono eterno...

pereira de oliveira said...

tres dias a dormir em casal de cinza tendo comido os galos todos num arroz de cabidela no primeiro dia

Eugénio said...

Casal de Cinza... um amigo meu disse-me que há um benemérito na aldeia que até promoveu a construção dum pavilhão :)

Sobre cura de sono.... infelizmente não sei de nada, é que eu antes de me deitar já estou a dormir hehehehhe

Bluegrowth said...

Conheço algo que pode resultar... por volta dos meus 16-18 anos fulminei alguns neurónios com umas substâncias provenientes do norte de Africa... para além de me deixar bem-disposto, conseguia deixar-me acordado o mais adormecidamente possível...

Era giro! Agora que sou pai é que já não acho graça nenhuma...