Tuesday, December 11, 2007

300 mil páginas de jornais portugueses do século XIX na Biblioteca Nacional Digital em 2008

VISITE A [BIBLIOTECA NACIONAL DIGITAL]!!!...
Lisboa, 11 Dez (Lusa) - A Biblioteca Nacional Digital (BND), departamento da Biblioteca Nacional (BN) que desde o seu início, em 2002, já digitalizou 9.563 obras, pretende colocar ao dispor do público, em 2008, um conjunto de dicionários, enciclopédias e jornais portugueses. No início do próximo ano, a BND vai disponibilizar um conjunto de "Enciclopédias e Dicionários em Portugal do século XVII ao século XIX", revelou Helena Patrício, directora de serviços de sistemas de informação, à agência Lusa, acrescentando que "serão 37 obras, ou 33 mil páginas", dado que a BND disponibiliza as obras página a página. Ainda de acordo com a responsável, a Biblioteca Digital - que a 07 de Março deste ano passou a incluir 15 novos títulos, entre os quais a publicação "O António Maria", de Rafael Bordalo Pinheiro - vai disponibilizar, no segundo trimestre de 2008, "300 mil páginas de jornais portugueses do século XIX".
Estes dois projectos foram financiados pelo Programa para a Sociedade do Conhecimento, que a par do Programa Operacional da Cultura (POC) e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder) custeiam a digitalização das obras (continua em comentário a este post).
Por Helena Sousa Freitas, da Agência Lusa

11 comments:

Raquel Sabino Pereira said...

Notícia completa:

«Lisboa, 11 Dez (Lusa) - A Biblioteca Digital Europeia, que em 2011 deverá ter reunido seis milhões de livros, documentos e outros bens culturais de todos os países da União Europeia, poderá facilitar a consulta, em Portugal, de obras de autores portugueses que não existem no país, nem mesmo no depósito da Biblioteca Nacional.

Através do projecto de Biblioteca Digital Europeia, "visa-se o alargamento das colecções digitais disponíveis para consulta", assinalou Helena Patrício, responsável pela Biblioteca Nacional Digital (BND), em entrevista à agência Lusa.

A BND é uma secção da Biblioteca Nacional que funciona desde 2002, disponibilizando actualmente mais de 9.500 obras digitalizadas, incluindo livros na área da Arte, da História/Geografia, das Ciências Sociais, das Ciências Aplicadas e da Literatura/Linguística e onde se incluem títulos de Camilo Castelo Branco, António Feliciano de Castilho, Almeida Garrett, Alexandre Herculano ou Eça de Queirós.

Segundo Helena Patrício, a Biblioteca Nacional integra a rede temática da Biblioteca Digital Europeia, estando prevista, para o final de 2008, "a apresentação de um protótipo de portal para pesquisa e consulta de mais de dois milhões de objectos digitais provenientes de bibliotecas, arquivos, museus e arquivos audiovisuais".

A Biblioteca Nacional de Portugal participa igualmente no "The European Library" ("A Bibliorteca Europeia"), um serviço a funcionar desde 2005 que propicia, actualmente, o acesso a recursos - bibliográficos ou digitais - de 47 bibliotecas nacionais de países europeus e que constitui um dos pilares da futura Biblioteca Digital Europeia.

A 02 de Março de 2006, a comissária europeia Viviane Reding afirmou, em Bruxelas, que a Biblioteca Digital Europeia permitiria que "a memória colectiva da Europa" ficasse à distância de um "click" feito com o rato do computador e esclareceu que a mesma não seria uma base de dados construída de raiz mas uma página electrónica multilingue onde ficariam reunidos materiais já digitalizados - livros, filmes, fotografias, manuscritos e outros bens culturais - das várias instituições dos Estados-membros da União Europeia.

Nove meses depois, a 13 de Dezembro de 2006, foi a vez de Maria Angélica Ribeiro, coordenadora do serviço de Cooperação para o Desenvolvimento do Gabinete de Assuntos Europeus e Relações Internacionais do Ministério da Educação português, defender, no Rio de Janeiro, a criação de uma Biblioteca Virtual da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que "permitiria um conhecimento e um intercâmbio alargado entre os vários países membros".

À data, o professor José Luiz Fiorin, da Universidade de São Paulo, defendeu que a biblioteca virtual iria criar um "reconhecimento identitário", constituindo um "importante instrumento de transmissão cultural e de democratização do conhecimento" e sugeriu que fossem estabelecidos convénios com instituições para fazer um levantamento das principais obras literárias de cada país da CPLP - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

De acordo com Helena Patrício, no âmbito da V Reunião de Ministros da Cultura da CPLP, que decorreu em Outubro de 2006 em Bissau, a direcção da Biblioteca Nacional apresentou uma proposta de criação da "Rede de Bibliotecas Digitais da CPLP", que corresponderia à constituição de um serviço de pesquisa comum, que servisse de ponto focal para acesso.

No entanto, e "apesar de este tipo de cooperação continuar a ser uma aspiração da Biblioteca, seria prematuro pensar-se, nesta fase, na constituição de um serviço operacional, sendo necessário que decorra ainda algum tempo para que a aspiração possa concretizar-se", concluiu a directora de serviços de sistemas de informação da BN.

HSF/FPB/FO/CMC.»

Fonte: Agência LUSA

pereira de oliveira said...

isto e o maximo mas tambem nao e mau www.books.google.com...entretanto a comunidade que navega no tejo tem la um texto em galego que a habilita a sete ri...boletos

Raquel Sabino Pereira said...

Querido Amigo e Co-Bloguista Pereira de Oliveira, apenas integram o sorteio os administradores de páginas electrónicas... (ver Regulamento). E apenas se admite uma pessoa por concurso.

Por essas razões, não posso admitir a «Comunidade que Navega no Tejo».

Mas posso admitir cada um dos seus autores, desde que comentem pelo menos uma vez com os respectivos usernames. E se publicarem o Regulamento nas respectivas páginas, aí sim habilitam-se a 7 boletos adicionais.

Um abraço!!

pereira de oliveira said...

como diz a Liz: why do you have such a disrespect for administrative procedure?...nao devia por isso desculpe um bocadinho Sailor Girl

pereira de oliveira said...

Sailor Girl:
o seu magico nao aparece em todos os computadores...ha razao para alem de nao sabermos o abracadabra...aqui no escritorio anda e magica que ee um regalo...no quarto nao aparece...ja sei...esta esclarecido...nao gosta de intimidades

Bluegrowth said...

eh eh eh ... há livrinhos disponíveis em 2008 se aqui o velinhas assim o quiser...

LUIS MIGUEL CORREIA said...

LIVROS!!!!!!
LIVVVVROOOSSSSS!!!!!!

Socccccccccooooorrrrroooooo.....

Não, mais livros não.........

LUIS MIGUEL CORREIA said...

Velas,

Não te metas nessa de LIVRRRROSSSS,

Tenho dois a sair do forno e vou directamente para um centro de reabilitação prolongada.....

Está tudo zaruca....

Raquel Sabino Pereira said...

LIVROS!! LIVROS!! QUEREMOS LIVROS!!! VIVA!!!! MUITOS!!!
EU TAMBÉM VOU ESCREVER UM LIVRO EM 2008!!! YES!!! SIGA A MARIIIINHA!!!

pereira de oliveira said...

PARA VOS IMPRESSIONAR EMBORA...IT AIN'T GONE A BE A BEST SELLER, BUT THIS A SMALL TWO SECTIONS OF A CHAPTER ON THE DEVIL:

6.2. A EXORCIZAÇÃO DO DEMÓNIO DE MAXWELL

Só mais recentemente Léon BRILLOUIN (1956) deu a resposta fundamental ao paradoxo de MAXWELL, ao pôr a seguinte questão fundamental: será possível «ver» cada uma das moléculas, individualmente?
Quando o demónio olha para qualquer lado do sistema isolado, a temperatura constante, a uniformidade da radiação térmica predominante não lhe deixa «ver» nada. Quanto muito, a uniformidade no interior do gás poderia permitir ao demónio aperceber–se da existência da radiação térmica dum corpo negro, em equilíbrio, e das suas flutuações, mas nunca ver e distinguir as moléculas, individualmente.
Somos levados a concluir que o demónio necessita de uma fonte própria de energia (uma «candeia») para romper o equilíbrio (uniformidade) da radiação no interior do sistema, que o vai «iluminar», e permitir ver e distinguir, assim, as moléculas. Esta fonte de radiação não pode ficar em equilíbrio com o sistema. É a energia, que a «candeia» do demónio lança no interior do sistema, que lhe fornece a informação necessária para ele poder actuar a válvula, separando as moléculas de maiores velocidades das de velocidades menores, como vamos mostrar.
Como o funcionamento desta fonte pressupõe consumo de energia, a actividade do demónio não é gratuita, ao contrário do que admitia MAXWELL. Se dividirmos a energia radiante emitida pela temperatura da «tocha» do demónio, determinamos uma grandeza, que é a entropia lançada no sistema, e que designamos por neguentropia. É esta neguentropia que poderia permitir ao demónio obter informação sobre a velocidade e a posição das moléculas.
Segundo a Teoria da Informação, o papel do demónio consiste em transformar a informação em «entropia negativa». Pode, no entanto, mostrar–se que o aumento global de entropia é superior ao decréscimo que o demónio pode originar com a sua actuação. Afinal, para o sistema global gás–demónio–«candeia», verificar–se–á aumento líquido de entropia, tal como exige o Segundo Princípio Fundamental da Termodinâmica.
A neguentropia mede a qualidade da energia. Um sistema contém neguentropia quando tem a possibilidade de realizar trabalho. Sistemas que tenham uma distribuição não uniforme de pressão ou de temperatura ou de concentração ou de potencial eléctrico, podem realizar trabalho e, portanto, contêm uma certa quantidade de energia disponível, que nesta concepção é proporcional à neguentropia.
Devemos ainda acentuar que a Teoria da Informação impõe limites nas observações e nas medições, descontando mesmo aqueles que são inevitáveis, pelo princípio de incerteza de HEISENBERG (a posição e a velocidade duma molécula não podem ser, simultaneamente, determinadas com precisão ilimitada)(1). Em média, o aumento de entropia é superior à informação obtida.


–––––––––––––––––
1 Por exemplo, para determinar a posição duma molécula num gás, com grande precisão, seria necessário um feixe de radiação de alta energia. A interacção desta luz com a molécula alteraria a sua quantidade de movimento, de forma significativa. Logo, a posição e a quantidade de movimento não se podem determinar simultaneamente com precisão ilimitada.
–––––––––––––––––


Suponhamos que o demónio, mesmo sem ver as moléculas à distância, as pode detectar por intermédio de um dispositivo sensível aos campos de força moleculares. Como sabemos, estes campos variam na razão inversa do quadrado da distância. Ora, para que a abertura da válvula se possa fazer sem trabalho, é necessário que sobre ela não actuem forças, o que se torna manifestamente impossível neste processo, porque logo que o demónio selecciona uma molécula, ele e a válvula ficam também sob a acção do campo de forças moleculares.
Voltemos à neguentropia.
Segundo BRILLOUIN, para que o reparo proposto por MAXWELL tenha sentido, é necessário admitir que o demónio se informe da posição e da velocidade das moléculas quando estas se encontram suficientemente distantes da válvula, visto que só nestas condições se pode esperar que a acção dos campos de força seja desprezável. Ora, tal operação requer, como vimos, o emprego de fonte de radiação auxiliar, consideravelmente diferente da radiação de fundo. Por isso, o demónio tem que munir–se de um dispositivo qualquer: bateria, lâmpada eléctrica, «candeia», etc., que forneça a radiação indispensável para «iluminar» as moléculas. Todavia, quaisquer destes dispositivos passam a fazer parte integrante do sistema isolado, cuja entropia o demónio pretendia diminuir.
Tudo se passa como se a radiação da «tocha» fornecesse ao sistema entropia negativa, ou neguentropia. Logo, quando o demónio «ilumina» o sistema, inunda–o com neguentropia, e é desta neguentropia que o demónio obtém informação. Com esta informação, opera a válvula, origina diferenças de temperatura com a separação das moléculas, e cria, portanto, à sua conta, neguentropia (ordem), completando um ciclo. Este ciclo de operações comporta sucessivamente um fornecimento de neguentropia (pela radiação estranha), uma transformação desta em informação e, finalmente, a transformação inversa (com a separação) (Fig. 8).


[@ gráf. pág. 125]
Neguentropia Informação

Fig. 8 — Exorcização do demónio de MAXWELL. Não se pode obter coisa alguma a partir do nada, nem mesmo uma observação!


A neguentropia assim produzida é inferior à que foi fornecida ao sistema, afinal de acordo com o Segundo Princípio.
Neguentropia é, como se vê, um conceito muito global que, fundamentalmente, se identifica com ganho de informação, ordenamento, etc. Devemos ainda insistir no facto da emissão, da transmissão e da recepção exigirem, sempre, dispêndio de energia.
Informação, tal como entropia, está associada à energia.
A entropia surge, umas vezes, como um conceito subjectivo, constituindo uma medida da nossa ignorância, outras vezes sob a forma objectiva, como acontece na concepção da Termodinâmica Clássica, à CLAUSIUS.
BRILLOUIN mostrou que qualquer informação, resultante duma observação de natureza física, por exemplo, se paga com um aumento da entropia do laboratório. Este aumento de entropia, em média, é superior à informação obtida, quando medidas no mesmo sistema de unidades. Esta condição impõe, portanto, uma nova limitação às possibilidades da observação. Um observador qualquer (físico, poeta, ecólogo) requer fontes de neguentropia, porque cada observação é feita à custa de neguentropia do seu universo complementar.




7. BALANÇO ENERGÉTICO DA COMPUTAÇÃO. LIMITE COMPUTACIONAL


Os computadores são máquinas que, mediante a aceitação de linguagem, geram informação, para o que têm que consumir energia.
A necessidade em energia para se obter aquela informação poderá indagar–se escrutinando o processo mais simples para realizar cálculo. Em 1982, TOFFOLLI concebeu um computador em que, em vez de utilizar os estados quânticos de electrões, o cálculo era realizado com bolas de bilhar. Por bolas de bilhar quer significar–se bolas completamente rígidas. A presença num determinado local de uma bola de bilhar corresponde no alfabeto binário à, digamos, letra 1, a sua ausência corresponde à letra 0.
Nestas condições, colisões entre bolas rígidas sobre um plano servem para proceder a cálculo. Os momentos p e as posições q são sempre obtidos com erros |∆p| = ∆p1 = ∆p2 e |∆q| = ∆q1 = ∆q2, que consideramos iguais para simplificação do manuseamento do cálculo.
Se no computador de TOFFOLLI houver N bolas, o erro, Vo, no estabelecimento da posição do computador no espaço das fases é dado por

Vo = ∏ |∆pj|2 |∆qj|2 = (∆p ∆q)2N (1)

De acordo com o princípio de incerteza de HEISENBERG, no mínimo, para cada bola, a imprecisão no posicionamento, no espaço das fases, será

(∆p ∆q) = h (2)

em que h é a constante de PLANCK. Então, a entropia termodinâmica, S, criada por acumulação de todas as N bolas no computador, é dada por

S = k log(Vo/h2N) = 2N k log(∆p ∆q/h) (3)

em que k é a constante de BOLTZMANN. Ou seja, à medida que o tempo passa, as colisões encarregam–se de aumentar o erro, quer dos momentos quer das posições, e a quantidade de informação, a desordem, aumentará inevitavelmente.
De facto, por cada colisão, o acréscimo do erro no ângulo e saída ∆f’ é, em primeira aproximação, dado por

∆’ = (1 + l / r) (4)

em que l é o livre percurso médio e r o raio de cada bola rígida. O erro acumulado na posição do sistema no espaço das fases após n colisões é de

Vn = Vo ∏ (1 + li / r) (5)

Na hipótese mais favorável, li = r, o que significa que nestas condições, no cálculo, por cada passo executado no computador, por cada bit de informação obtido, a entropia termodinâmica nunca será inferior a

Smin = k log2 (6)

O que implica um balanço entre informação e energia (não tendo em conta a agitação térmica que à temperatura T introduziria um factor de kT na última equação) traduzido na troca de 1 bit de energia por 1 bit de informação.

*

Esta equivalência impõe um limite para a capacidade de cálculo de um computador.
Consideremos um computador de massa, m. O máximo de energia possível, E, desse computador é dado pela relação de EINSTEIN

E = m c2

em que c é a velocidade da luz no vácuo.
Por outro lado, o mínimo de energia discernível entre estados deste computador, DE, é definido pelo príncipio de incerteza de HEISENBERG:

∆E • ∆t = h

em que ∆t é um intervalo de tempo e h a constante de PLANCK.
Então, o número máximo de bits, N, calculados no computador de massa m no intervalo de tempo ∆t é dado por

[@ fórm. pág. 129]
N = E = m c2 ∆t
∆E h

que constitui o limite da computação.
Se m for a massa do planeta Terra, m  1024 Kg, e ∆t for o tempo de existência da Terra, ∆t  1017 s, então

N  1093 bit

constitui o limite de capacidade de computação do Planeta.

Bluegrowth said...

pois... mas aqui o velinhas está mais relacionado com a componente tecnológica da Biblioteca Nacional Digital.

Quanto a livros deixo para quem sabe, e depois deste post que me antecedeu... fiquei sem palavras!

Brilhante meu caro, brilhante!