Thursday, January 31, 2008

CONVITES PARA AMANHÃ

(Photograph by Vanessa Proença)
Uma camélia na lapela, ao peito, no cabelo, no pulso...
1. D. Carlos I, penúltimo Rei de Portugal, reinou entre 1889 e 01 de Fevereiro de 1908, dia em que foi assassinado, juntamente com o filho, o príncipe herdeiro Luís Filipe, no Terreiro do Paço, em Lisboa. O regicídio foi visto como o derradeiro passo para o fim da monarquia, que ocorreu dois anos depois, em 1910. Para amanhã, dia 01 de Fevereiro, que a Causa Real propõe como Dia de Luto Nacional, está prevista uma Concentração na Praça do Comércio pelas 17:00, seguindo-se uma Missa na igreja de S. Vicente de Fora, onde se encontra o Panteão Real, presidida pelo Cardeal Patriarca, D. José Policarpo.
2. Também Cascais assinala amanhã, a partir das 15h00, em cerimónia oficial presidida pelo Presidente da República, a passagem de 100 anos sobre a morte do Rei D. Carlos I, com a Inauguração de uma Estátua no Passeio D. Maria Pia (Clube Naval de Cascais). Trata-se de uma peça escultórica em bronze, projecto de autoria do mestre Luís Valadares. Nesta, D. Carlos I é representado a bordo do seu último iate “Amélia III” em pé, junto à amurada, olhando a baía de Cascais, com uns binóculos na mão. Encontra-se rigorosamente vestido à época, em uniforme de trabalho da Marinha. A estátua assenta sobre uma base de forma circular em pedra “azulino de Cascais”, bujardada de modo a simbolizar o mar.
Figura incontornavelmente ligada ao concelho, D. Carlos I explorou ao longo da vida diversas facetas reveladoras de grande talento individual, quer para o desporto, em especial para a vela, pesca, remo, natação, equitação, tiro, caça, ténis ou futebol; quer para as artes, com grande enfoque na pintura, vertente que lhe granjeou o título de “expoente do naturalismo português” pela Sociedade Nacional de Belas Artes; quer para a ciência, sendo responsável pela promoção de 12 campanhas oceanográficas entre 1896-1907 e montando em Cascais o primeiro laboratório de biologia marítima do país.
Em Cascais, onde a família real fixou residência oficial na Cidadela nos períodos de veraneio a partir de 1870, encontrou o cenário ideal para apurar esses interesses artísticos e curiosidade científica insaciável. D. Carlos I cataliza o desenvolvimento da pequena vila piscatória, projectando-a como destino turístico da moda.

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