CONVITES PARA AMANHÃ
(Photograph by Vanessa Proença)
Uma camélia na lapela, ao peito, no cabelo, no pulso...
1. D. Carlos I, penúltimo Rei de Portugal, reinou entre 1889 e 01 de Fevereiro de 1908, dia em que foi assassinado, juntamente com o filho, o príncipe herdeiro Luís Filipe, no Terreiro do Paço, em Lisboa. O regicídio foi visto como o derradeiro passo para o fim da monarquia, que ocorreu dois anos depois, em 1910. Para amanhã, dia 01 de Fevereiro, que a Causa Real propõe como Dia de Luto Nacional, está prevista uma Concentração na Praça do Comércio pelas 17:00, seguindo-se uma Missa na igreja de S. Vicente de Fora, onde se encontra o Panteão Real, presidida pelo Cardeal Patriarca, D. José Policarpo.
2. Também Cascais assinala amanhã, a partir das 15h00, em cerimónia oficial presidida pelo Presidente da República, a passagem de 100 anos sobre a morte do Rei D. Carlos I, com a Inauguração de uma Estátua no Passeio D. Maria Pia (Clube Naval de Cascais). Trata-se de uma peça escultórica em bronze, projecto de autoria do mestre Luís Valadares. Nesta, D. Carlos I é representado a bordo do seu último iate “Amélia III” em pé, junto à amurada, olhando a baía de Cascais, com uns binóculos na mão. Encontra-se rigorosamente vestido à época, em uniforme de trabalho da Marinha. A estátua assenta sobre uma base de forma circular em pedra “azulino de Cascais”, bujardada de modo a simbolizar o mar.
Figura incontornavelmente ligada ao concelho, D. Carlos I explorou ao longo da vida diversas facetas reveladoras de grande talento individual, quer para o desporto, em especial para a vela, pesca, remo, natação, equitação, tiro, caça, ténis ou futebol; quer para as artes, com grande enfoque na pintura, vertente que lhe granjeou o título de “expoente do naturalismo português” pela Sociedade Nacional de Belas Artes; quer para a ciência, sendo responsável pela promoção de 12 campanhas oceanográficas entre 1896-1907 e montando em Cascais o primeiro laboratório de biologia marítima do país.
Em Cascais, onde a família real fixou residência oficial na Cidadela nos períodos de veraneio a partir de 1870, encontrou o cenário ideal para apurar esses interesses artísticos e curiosidade científica insaciável. D. Carlos I cataliza o desenvolvimento da pequena vila piscatória, projectando-a como destino turístico da moda.
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