Monday, May 14, 2007

MENSAGEM DO CENTRO NÁUTICO MOITENSE

(João Gregório, no final da comunicação da Mensagem do Centro Náutico Moitense na Cerimónia de Comemoração do Septuagésimo Aniversário do CREOULA) «Eu e a Senhora Comodoro do Centro Náutico Moitense, Dra. Raquel Sabino Pereira, queremos, em nosso nome e no do Centro, ao entregar as insígnias de Fragateiro, a nossa mais alta distinção, ao Senhor Comandante Silva Ramos, simbolizar a união tantas vezes celebrada no Tejo entre lugres e fragatas antes e depois das viagens até aos bancos da Terra Nova. Os fragateiros trouxeram até este navio o sal deste ar, desta água, desta terra e deste sol, que sempre trouxe de volta o CREOULA à Pátria, construído, com o seu irmão gémeo Santa Maria Manuela, por aprendizes, por operários, por mestres, por engenheiros, pensado por armadores, num esforço colectivo do trabalho e do talento industrial português. Também a esses queremos honrar, entregando a Vossa Excelência, Senhor Comandante, este barrete e esta faixa de Fragateiro e com eles relembrar todos os arrais, todas as tripulações das embarcações do Tejo que se atracaram a este navio, e todos os comandantes, todas as tripulações, todos os pescadores que aqui viveram. E, finalmente, prestar homenagem à Marinha, à Armada com que nós, arrais, sotas e moços, tivemos o episódio mais definitivo da Guerra Peninsular. Teve lugar no dia 13 de Outubro de 1810. Em frente a Vila Franca de Xira. Fragatas, varinos, botes, canoas, catraios mesmo, e varinos de água acima, armados de alguma artilharia – e com portugueses como os que aqui estamos hoje – impediram no Tejo que as tropas de Massena aparecessem em frente a Lisboa, por trás das linhas de Torres Vedras no que foi, então, a Batalha decisiva para a independência de Portugal. Nesse dia, no Tejo, nós e vós fomos UM SÓ. Nesse dia, o General Saint Croix, o pensamento do exército invasor, foi morto pela nossa acção. Nesse dia selou-se neste Rio, convosco e connosco, o fim da Invasão. E foi tão definitiva que fará em 2010 duzentos anos que ninguém mais ousou. Senhor Comandante Silva Ramos, ao entregar-lhe estas insígnias honramo-nos, porque para defender Portugal havemos de ser nós, das embarcações do Tejo e vós deste Lugre, UM SÓ.» A bordo do Lugre CREOULA, em 10 de Maio de 2007.

4 comments:

pereira de oliveira said...

o nosso presidente e nossa Senhora Comodoro(so se ve um bocadinho, o que e pena) estao muita bem!!!!e do centro nautico moitense nos agradecemos aos dois muito.

Anonymous said...

aquele dedo esticado na geometria de aprovacao quer dizer, para quem conhece o Arrais, que: como se protaram todos bem e ouviram com respeito, atenccaao e muita emoccaao as palavras escritas do fundo dos tempos e atendendo ao sorriso de aprovaccaao da Senhora Comodoro ja dei ordem e estao, FINALMENTE, todos autorizados...a partir e a comer o...ananaas!

LisbonGirl said...

Bonito discurso! Muito empolgante!
As fotos estão lindas e mostram uma festa cheia de colorido e alegria! O Presidente do Centro Náutico Moitense é de uma alegria, delicadeza e entusiasmo contagiantes! Faz-me lembrar alguém que tem um blog muito azul!:)

SeaWolf said...

Grande João Gregório, Grande Raquel, Viva o Centro Náutico Moitense, Viva as Canoas, Viva os Catraios, Viva o Tejo, Viva hoje e sempre os Arrais, Grande discurso está Magnifico.