Monday, October 15, 2007

Perdoem-me, mas não consigo gostar.

Visto a partir do mar, com reflexos do Por-do-Sol, até nem parece muito feio, mas no local... parece uma marquise!... Fotografias gentilmente remetidas por Paulo Andrade.

10 comments:

Joao Quaresma said...

Mais diarreia governativa em forma de betão, com a inconfundível assinatura da Administração do Porto de Lisboa. Do Tejo é que se vê bem como Lisboa tem sido vandalizada pelo Estado. Mais um monstro de um edifício rafeiro a estragar aquela que já foi uma das mais belas cidades da Europa. Como não é de esperar nada de bom de uma manada de ruminantes inúteis como é a APL, resta-nos apelar ao Bin Laden para que venha fazer uma recuperação urbanística à Beira Tejo. Só pode melhorar.

O´Fartura said...

Ola Saylor Girl:
O pasado mes de outubro entrevistáronnos como administradores dos nosos blogs de Cultura Mariñeira na Radio Galega( a radio pública da Galiza)
a Lino Prieto de Amigos da Dorna Meca e a min.
En ambas entrevistas se fai referencia aos amigos blogueiros de Portugal, e na de Lino mesmo o entrevistador te menciona como unha blogueira moi activa.
Tes os enlaces ás entrevistas en Singradura da Relinga.
Por favor, danos a túa opinión.
Unha aperta mariñeira e atlántica.

Anonymous said...

Ao contrário das opiniões expressas anteriormente, acho que a modernização da cidade passa pela reutilização das margens do rio e pela melhor utilização das mesmas numa perspectiva de utilidade económica.
Lisboa nunca foi uma cidade jardim. Neste local funcionaram estaleiros de navios durante séculos.
Quando entrei para a Marinha, este espaço era ocupado pelo Arsenal de Marinha que em 1939 foi transferido para o Alfeite. A circulação entre o cais do Sodré e o Terreiro do Paço fazia-se exclusivamente pela rua do Arsenal.
Desde 1940 que o arranjo definitivo desta zona tem estado em aberto. Durante muitos anos até à década de oitenta, este espaço era usado por pré-fabricados que albergavam serviços da AGPL.
Ultimaqmente era um poiso de sem abrigo e marginais.
É normal os Lisboetas reclamarem sempre contra as mudanças arquitectónicas da cidade.
A hoje tão apreciada BAIXA POMBALINA foi muito criticada e a sua simplicidade de formas era vista como uma característica menor.
Na época o Primeiro Ministro podia encher a Junqueira de contestatários a seu belo prazer. O Estado assegurava o alojamento e a alimentação destes cidadãos, mas a título precário... Em troca impunha-lhes a privação da Liberdade.
Continuem a ir ao Cais do Sodré que vão acabar por gostar...

Bluegrowth said...
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Joao Quaresma said...

Sr. Alm. Gago Coutinho: por muito que discorde, admiro sempre a coragem de quem defende o indefensável. Comparar o edifício da EMSA à Baixa Pombalina? Comparar a APL ao Marquês de Pombal?

Já nem discuto a arquitectura e a volumetria, e o (des)enquadramento na zona onde está; as imagens falam por si. O pior dos patos bravos da construção algarvia teria feito melhor. O que eu pergunto é por que razão é que a EMSA tem de ficar sedeada naquele local? Para o trabalho que faz, faria diferença se fossem para Odivelas? Por favor...

O problema é que ainda há quem veja modernização onde há vandalismo, e veja progresso onde só há betão. É por isso é que este país, e esta cidade em concreto, estão cada vez mais abandalhados e não sou só eu que penso assim: veja-se o que dizem os guias turísticos estrangeiros sobre o que tem acontecido a Portugal.

Os edifícios constroem-se mas também podem ser demolidos. Agora as catástrofes políticas em forma de betão perduram para além da demolição dos edifícios que as causaram. João Soares ainda hoje é lembrado pelo elevador para o castelo, que nem chegou a ser propriamente projectado, mas que foi o suficiente para lhe arruinar a carreira para sempre. E quando a "coisa fica preta", politicamente falando, há carreiras profissionais (e ambições políticas) que vão pelo cano abaixo de um momento para o outro, porque os responsáveis políticos livram-se do problema como se puxassem o autoclismo. Mas como, mesmo em política, há males que vêm por bem: é bem possível que esta obra seja o pretexto para extinguir a APL tal como ela existe. Daqui a dois anos há eleições e cabeças vão ter - necessáriamente - que rolar. Nem que seja só para mudar o elenco de boys, mas alguns vão ter de cair de cair em desgraça para que as carreiras de outros prossigam.

faganhoto said...

Mais um atentado ao TEJO...

faganhoto said...

Onde existia um dos belos locais de LISBOA para sentir o TEJO e tudo o k lhe rodeia, está a ser criado um horrivél mamarracho para serventia e interesses de uma entidade, k pouco ou nada faz para o desenvolvimento e apoio a associações e clubes náuticos existentes e toda a zona ribeirinha

Anonymous said...

Que belo examplarre de monumenta funebrre. Deverria ter contratado os Português parra fazerr minhas piramide lá no Egipto. Também haverra crocodilas no vosso Rio Sagrrado? O Nilo também estáhcheio destes monumentas.

Jose Angelo Gomes said...

Ali havia já um edificio, lembram-se???
E cuja volumetria não era muiiiito menor!

Raquel Sabino Pereira said...

A discussão deliciosa que perdi hoje... Isto sim é uma verdadeira discussão pública! Adorei!

Estamos aqui estamos a apresentar um Livro Branco (Verde ou Azul ou lá o que é)!!!