Wednesday, October 10, 2007

Scanner de contentores do Porto de Lisboa implicou investimento de 1,589 milhões euros

(Fotografia de Sailor Girl)

De acordo com a Lusa, o equipamento de controlo do conteúdo de contentores adquirido pelo Porto de Lisboa, que entrou ontem em funcionamento, representou um investimento de 1,589 milhões de euros. Falando na cerimónia de inauguração do novo equipamento, em que foram também assinados protocolos do Porto de Lisboa com a Direcção-Geral das Alfândegas e Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC) e com a empresa Liscont - Operadores de Contentores. A Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, salientou que este equipamento diminui o tempo de imobilização dos contentores no porto. O scanner adquirido controla o conteúdo dos contentores sem os abrir, com um sistema de raios X e permite que o porto de Lisboa seja classificado pelos Estados Unidos como porto seguro, no âmbito da Container Security Iniciative (continua em comentário a este post).

Fonte: Agência LUSA

1 comment:

Raquel Sabino Pereira said...

Continuação:

«A Secretária de Estado dos Transportes observou que aquele equipamento melhora a eficiência e segurança da actividade portuária e facilita o comércio com os Estados Unidos, local de destino de 12 por cento das exportações europeias. Para Ana Paula Vitorino, um vector fundamental para tornar o sistema portuário português mais competitivo passa pela melhoria das condições de operacionalidade de cada uma das unidades portuárias nacionais, com acções que vão desde a simplificação de procedimentos até à melhoria da competitividade fiscal. Observou ainda que a globalização da economia e o aumento das trocas comerciais comporta "riscos de fraude fiscal e aduaneira e de emigração ilegal", sendo necessário "aliar a eficiência na movimentação de cargas com a segurança das fronteiras". Ana Paula Vitorino salientou que o transporte de carga em contentores está a crescer a um ritmo que é quase o dobro do aumento de movimentação global de mercadorias.

O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomás, afirmou que a resposta ao atentado de 11 de Setembro nos Estados Unidos implicou "uma significativa alteração na estrutura das preocupações das alfândegas de todo o mundo", passando a ser-lhes exigida uma "forte intervenção" na segurança da cadeia logística do comércio e da segurança dos cidadãos. Amaral Tomás salientou que os Estados Unidos reorganizaram os serviços aduaneiros, de imigração e de guarda costeira no "Customs and Border Protection" e lançaram a iniciativa CSI, de segurança dos contentores, à qual aderiram os principais portos mundiais. Recordou que a adesão ao CSI implica que os portos tenham equipamentos de scanner que permitam despistar de forma rápida situações de risco e que os portos de exportação aceitem ter funcionários norte-americanos a participarem nos trabalhos do CSI, sendo-lhes atribuído o estatuto de "porto seguro". Amaral Tomás assinalou que os Estados Unidos emprestaram por um ano, até à aquisição de equipamento próprio, que hoje entrou em funcionamento, um scanner ao Porto de Lisboa.

O presidente da Administração do Porto de Lisboa (APL), Manuel Frasquilho, afirmou que a APL assume como "base essencial para a consolidação e desenvolvimento" da sua actividade a modernização dos meios operacionais do sector marítimo-portuário, "neste caso no Porto de Lisboa, que é o maior porto de contentores do país". Manuel Frasquilho sublinhou que o Porto de Lisboa começou no ano passado este processo de controlo, que "evolui agora para equipamento com tecnologia mais moderna e propriedade da APL".

A 8 de Julho de 2006 a Siemens foi considerada vencedora do concurso público para fornecimento de um scanner de contentores ao Porto de Lisboa, mas os resultados foram contestados pela empresa chinesa Nuctech, presidida pelo filho do presidente da República Popular da China, que apresentou queixa no Tribunal Administrativo de Lisboa. No início de Setembro, na véspera da visita à China da secretária de Estado Ana Paula Vitorino, a Nuctech anunciou que tinha dado ordem aos seus advogados para retirarem a queixa.»