Friday, May 4, 2007

OBRIGADA, MARINHA PORTUGUESA!!!

TREINO DE MAR - Relevante Missão da Marinha
(I WILL TRANSLATE THIS POST AS SOON AS POSSIBLE)
«Treino de Mar é o conjunto de acções realizadas a bordo e no Mar com o intuito de adquirir habituação, experiência, conhecimentos e valências, visando o desempenho de cargos e funções exigidas pelas artes e ofícios ligados ao Mar. Treino de Mar sempre foi, também, a missão do CREOULA. Ao longo de cerca de trinta e sete anos (1937-1973), com outras tantas campanhas de pesca de permeio, muitos marinheiros e pescadores aprenderam, no seu seio, a compreender e respeitar o Mar e os seus desígnios. Também a Marinha, desde longa data, a bordo dos seus navios-escolas, tem sabido transmitir estes preciosos ensinamentos a todos quantos abraçam a causa do Botão de Âncora, formando, regularmente, apreciável número de reconhecidos e experimentados marinheiros. Mas, também lhe coube dar esta mesma oportunidade a jovens civis desde que, por particular competência, lhe foi confiado o Creoula, oportunamente classificado como Navio de Treino de Mar (NTM). Nesta sua segunda vida, encetada em 1987, o Creoula, impelido por afeiçoado vento, com quem, presumimos, mantém pacto antigo, tem perseverado no alargar dos horizontes de Mar dos jovens nele embarcados. Em cada nova viagem, qual progenitora baleia com meia centena de moças e moços no bojo, sai serenamente a barra, deixando-nos assistir ao esfumar da sua graciosa silhueta no longínquo horizonte, como que absorvida pelo próprio Mar. A bordo, no entanto, o ambiente não pode contrastar mais com esta aparente calma de fim de tarde. Durante a exigente navegação, as moças e moços são permanentemente enquadrados, nas mais diversas fainas, pelos experientes elementos da guarnição do Creoula, deliberadamente em reduzido número, com vista a maximizar o embarque da maior quantidade de jovens. Ao cabo de poucos dias de aventura, que habitualmente excede as mais reservadas expectativas, e apenas encontra fortuito paralelo nos recônditos sonhos de cada um, eles terão imperceptivelmente assimilado que a bordo, tal como na vida, não é possível viver sem forte espírito de equipa, salutar amizade, sentido de entreajuda e sã camaradagem, sendo que de cada um depende o bem-estar e a segurança de todos, incluindo o próprio navio. Por vezes, pelo experimentar de dias continuados de navegação com mau tempo, longe do abrigo da costa e do conforto do lar, vislumbram a verdadeira dimensão do Mar, em absoluto contraste com a pequenez de muitos dos gestos quotidianos. Aprendem a dar real valor à vida árdua dos antigos pescadores, bem como render preito aos audazes navegadores portugueses que, vai para seis séculos, partiram em busca do mundo ora revelado. O período de embarque permite-lhes também, mesmo que por breves instantes, reflectir sobre a importância do nosso passado marítimo e compreender como o chamamento do Atlântico constituiu canto de sereia para os ouvidos dos nossos marinheiros, tendo-se o Mar instituído, reiteradamente, como sinónimo de independência nacional, sobejas que foram as ocasiões em que ao longo dos séculos esta esteve em causa. Alguns daqueles que embarcaram vai para duas décadas nas primeiras viagens desta nova vida do Creoula (nota da Sailor Girl: Eu, por exemplo!!!...), detêm, presentemente, responsabilidades naquilo que somos como País, no quadro do desempenho das respectivas funções profissionais. Por certo que os preceitos então apreendidos e temperados a bordo, constituem para eles, hoje, uma mais-valia no momento de melhor decidir em prol do interesse colectivo. Por tudo isto, o Creoula constitui actualmente um testemunho vivo da nossa longa e incontornável História Marítima, e um dos derradeiros elos que verdadeiramente nos ligam ao Mar, estabelecendo, como nenhum outro, a ponte, entre a insubstituível e nostálgica herança e aquilo que, no futuro, legitimamente, aspiramos ser como entidade cultural autónoma, num mundo pejado de renovados e permanentes desafios. Para muitos jovens que nele embarcam, a grande maioria, supomos, trata-se do primordial, e talvez derradeiro, contacto próximo que em toda a existência irão ter com o Mar Oceano, outrora sulcado pelas proas das naves dos insignes argonautas lusos de antanho. Trata-se de uma Missão sem termo, que somente no estrito respeito desta condição é possível cumprir. O País de Marinheiros obriga, para que o epíteto lhe assente sem soar falso ou pretensioso, que o Treino de Mar se consubstancie, continuadamente, ano após ano.
Duas décadas volvidas, a Marinha Portuguesa reitera, por intermédio do Navio de Treino de Mar Creoula e da respectiva guarnição, o abraçar desta relevante Missão como se fora exclusiva e única, sendo que a Portugal e às suas gentes – a todos nós em suma –, chegará o momento de colher dividendos de tão grandiosa quão delicada empresa.»
in «Revista da Armada», edição de Maio de 2007

OBRIGADA, MARINHA PORTUGUESA, POR TÃO BEM CUIDAR DO «NOSSO» CREOULA E POR NOS TER PERMITIDO CRESCER COM ELE E COM ELE APRENDER A VIVER COM DISCIPLINA, COM RESPONSABILIDADE E COM RESPEITO NÃO APENAS PELO MAR MAS SOBRETUDO PELO NOSSO SEMELHANTE!!!

OBRIGADA, MARINHA PORTUGUESA, POR MANTER VIVA A MEMÓRIA DA ANTIGA FROTA BACALHOEIRA PORTUGUESA E DE TODOS OS MARINHEIROS QUE NELA EMBARCARAM RUMO À TERRA NOVA E QUE FIZERAM HISTÓRIA ENALTECENDO PORTUGAL E OS PORTUGUESES!!!...

3 comments:

pereira de oliveira said...

logo que puder e isto ee uma sugestao talvez estulta...Sailor Girl...a versao inglesa deste e do texto anterior para benificio da sua audiencia internacional...desculpe laa...eu sei que ee mais tempo e trabalho...mas esta taao bem e as histoorias saao taao boas

Raquel Sabino Pereira said...

YOU'RE RIGHT, MR. PEREIRA DE OLIVEIRA!

TO MY FRIENDS WHO DO NOT UNDERSTAND PORTUGUESE: I PROMISE I WILL TRANSLATE THIS POST AS SOON AS POSSIBLE!!!!!

LisbonGirl said...

A beleza e a imponência do Creoula patentes na foto são bastante eloquentes, mas sim, a tradução de um texto tão iluminado impõe-se!